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Oração, Sem Capacitação do Espírito, É Arrogância

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.” (Rm 8.26)

Certamente é mais fácil falar de oração do que buscar ter uma vida de oração. Muitos fogem desse meio de graça. Muitos não conseguem enxergar o privilégio de podermos nos achegar ao Pai em oração. Geralmente, isso é causado por vergonha, seja por causa dos nossos pecados, que por vezes nos deixa envergonhados diante de Deus, seja por vergonha do que os outros falarão sobre nossa oração.

Seja por um motivo ou outro, no final, sempre será arrogância. Se nos afastamos de Deus na oração por causa de nossos pecados, duvidamos da sua misericórdia e do seu perdão, achando que podemos de alguma forma nos redimir. Se não oramos por medo do que outros possam falar, não oramos para Deus, mas para impressionar pessoas, o que também não tem nada a ver com a oração contudo, com uma forma de chamar atenção para si.

Arthur Pink, pastor no início do século XX disse algo sobre isso. Segundo ele, nós pecamos mais em nossos esforços para orar do que em qualquer outra coisa que costumamos fazer. Mas, por que? Porque nossas orações são muitas vezes carregadas de hipocrisia, de incredulidade e de exigências presunçosas. Pedimos perdão por pecados que ainda queremos cometer, pedimos por coisas que duvidamos se Deus pode fazer e, não nos submetemos à vontade do Pai, porém queremos que ele faça a nossa.

Por isso, Paulo escreve dessa maneira no texto supracitado. Só conseguimos orar pela capacitação do Espírito. As pessoas, normalmente, colocam em suas mentes que alguns sabem orar por causa do uso das palavras. Alguns se consideram bons em oração pelo tempo que se dedicam. Paulo, entretanto, traz um ensino que humilha a nossa carne, confronta o nosso intelecto e despedaça nossa eloquência.

Nossa oração precisa ser efetuada na capacitação do Espírito e na mediação de Jesus Cristo. Se assim fizermos, então oraremos segundo a vontade de Deus. O apóstolo João nos ensina: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). Isso significa que qualquer coisa pedida fora da vontade de Deus é arrogância.

Portanto, é preciso clamar como os discípulos fizeram: “…Senhor, ensina-nos a orar…” (Lc 11.1).

Por: Rev. Robson Luiz Silva dos Reis

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