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O Que o Cristão Precisa Resistir?

Recentemente, refletimos sobre o que o cristão não precisa resistir. Como discípulo de Cristo não precisamos resistir às oportunidades legítimas que aparecem na cultura (Dn 1: 4, 5, 16-20). O servo de Deus sabe que muita coisa encontrada na sociedade faz parte da graça comum de Deus dispensada a humanidade. Por isso, não é preciso rejeitar nem se opor àquilo que é fruto da doação do Senhor da história.

Agora, porém, vejamos a seguir o que o cristão não deve ceder. Os servos de Deus estavam realizando a vocação na Babilônia (Dn 2: 49). Aquilo que era legítimo estava sendo desfrutado, assim como executado. Todavia, depois da promoção que receberam, o cenário mudou completamente. O rei teve uma brilhante ideia de construir uma imagem de ouro. A imagem tinha cerca de 27 metros de altura, cerca de 2 metros e 70 centímetros de largura. Era mais do que um monumento, era um deus para ser adorado.

A inauguração seria um evento marcado por profunda solenidade. O decreto dizia que todas as pessoas que estavam sob a égide de Nabucodonosor deveriam curvar-se diante da imagem. Chegou o dia da inauguração da imagem. A música seria o sinal para que todos se dobrassem. Assim que foi liberado, o sinal foi dado, mas alguns judeus não se curvaram (Dn 3: 8-12). Todavia, haviam pessoas que estavam observando qual seria a postura daqueles que temiam ao Senhor Deus naquela sociedade.   

Aqui merece uma reflexão, a saber: Na sociedade na qual estamos, duas coisas são fruto da observação daqueles que nos cercam. Primeiro, as pessoas observam o que fazemos. Segundo, as pessoas observam o que não fazemos. O testemunho do cristão conta muito. Urge a necessidade de que o discípulo de Cristo tenha uma postura coerente com aquilo que professa crer, uma ação que revele o valor da ética e uma linguagem que refletida o caráter do Senhor Jesus.

Quando numa tarde, o cristão é convidado para o Happy hour – “hora feliz”, a sua forma de se posicionar, sua forma de falar e pensar mostra como tem sido o seu discernimento e a sua capacidade de resistência. O que você faz quando sai com os seus colegas de trabalho? Sobre o que você conversa? Tenha cuidado, muito cuidado, porque pode ser que você esteja maculando a glória e a honra de Cristo.

Naquele cenário que oferecia oportunidades, também era um cenário eivado de idolatria, além da pressão para que valores e crenças fossem negados. Era uma cultura hostil aos valores do reino de Deus. Assim, ainda hoje, existe na sociedade contemporânea uma cultura anti-Deus. Daí, quando houver pressão para que você se curve diante do ídolo, você precisa ter firmeza de postura e coragem para não ceder. Diante disso, todo cristão precisa resistir a toda forma de idolatria que há na sociedade.

Como a cultura pressiona o povo de Deus hoje? São muitas as formas. Por isso, o cristão precisa se posicionar contra qualquer decreto que vise fazer com os nossos joelhos se dobrem perante deuses falsos, mesmo que o custo seja muito alto. Às vezes, as perdas são inevitáveis. Bens serão perdidos, relacionamentos serão desfeitos e a morte será a demonstração do espírito anticristão.

Todavia, a premissa contínua do dever absoluto não foi revogada. A convicção daqueles que estavam dispostos a morrer para não ceder, ainda ecoa dizendo: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5: 29). Afinal, “[…] para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele” (1Co 8: 6). Portanto, sejamos firmes, não cedamos jamais à pressão cultural da idolatria vigente. Que o Senhor Jesus nos conceda firmeza de coração para não cedermos a pressão cultural.

Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.

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