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Jesus Morreu por Mim

Todo ano, o calendário cristão traz consigo algumas datas que têm valor didático para a cristandade. Agora mesmo o mês de abril, segue o tom do que estamos falando. O mês de abril é muito significativo para os cristãos de modo geral, porque rememora litúrgicamente a semana da paixão de Cristo, assim como o seu triunfo sobre à morte. Nessa época, musicais são elaborados com maestria e dedicação. A mensagem da cruz é proclamada tanto pela música quanto pela pregação da Palavra de Deus. De fato, é uma ocasião muito oportuna para proclamar o santo evangelho de Deus.
Embora entendamos que é importante aproveitar as oportunidades comemorativas, como discípulos de Cristo temos o dever de comunicar o evangelho todo, o ano todo, para todas as pessoas. As pessoas precisam ouvir de nossos lábios sobre aquilo que Deus realizou para salvar pecadores. Todavia, também precisamos falar a nós mesmos, sem, contudo, deixar de falar ao outro. Anunciamos o evangelho porque os outros precisam ouvi-lo, mas também precisamos ouvir a partir do outro a mensagem que anunciamos. Mas, além disso, uma coisa que é importante desenvolvermos é aprender a contar para nós mesmos a boa nova de salvação. Daí precisamos utilizar o recurso do solilóquio para que jamais nos esqueçamos o que Jesus fez por nós.
O solilóquio é um monólogo. Ele é o ato pelo qual converso comigo mesmo. Na Bíblia encontramos alguns exemplos de tal recurso, especialmente no fabuloso Livro dos Salmos. Veja por exemplo, o Salmo 103: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Sl 103. 1, 2). Observe que o salmista usa o recurso do solilóquio para encorajar a sua alma a bendizer ao seu Benfeitor.
Sendo assim, diante de tantos percalços que enfrentamos e pecados que cometemos, precisamos desenvolver a técnica do solilóquio, quanto o conversar conosco sobre a dádiva da salvação. Precisamos ouvir do outro: “Jesus morreu por você”, mas também precisamos falar para nós mesmos de modo pessoal: “Jesus morreu por mim”. Nesse caso, o solilóquio será mais do que um recurso para rememorar informação do evangelho, mas será uma demonstração de uma apropriação do evangelho: “Jesus morreu por mim”. A ideia é ter mais do que consciência sobre uma verdade sublime, mas uma experiência vivida todos os dias, a qual, por meio do evangelho traz refrigério para o nosso coração teimoso e pecador.
Como discípulos do Senhor Jesus precisamos pregar o evangelho da salvação para os outros, mas à medida que falamos aos outros, precisamos também ser incluídos como pessoas que foram alcançadas pelo mesmo evangelho que anunciamos. Era assim que Paulo procedia: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos NOSSOS PECADOS, segundo as Escrituras” (1Co 15. 3). O evangelho não pode ser informação apenas para os outros, ele precisa ser apropriado por quem o anuncia.
Devemos reproduzir o que a Escritura fala, dizendo: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1. 15). Temos o dever de lembrá-lo: “Jesus morreu por você”. Mas, ao mesmo tempo, tenho o dever de lembrar-me: “Jesus morreu por mim”. Faço assim, porque fui conquistado pelo evangelho. O evangelho se apropriou de minha vida. Por isso, agora, após apropriar-me da boa nova do evangelho, digo para mim mesmo: “Ele morreu por mim”. Você que diz aos outros, também precisa aprender a dizer a si mesmo: “Jesus morreu por mim”. Você crê mesmo que Jesus morreu por ti?
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano
Igreja Presbiteriana do Guará II

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