A Páscoa é uma festa judaica. Ela relembra a saída do povo de Israel do cativeiro egípcio. Páscoa, no hebraico Pesah, significa “passar por cima”, e deveria ser anualmente comemorada aos quatorze dias do primeiro mês do calendário judaico.
A Páscoa está relacionada a décima praga, que é a morte dos primogênitos. Era uma festa celebrada em família, quando cada família sacrificava um cordeiro na véspera e o comiam no dia instituído. Junto com o cordeiro era servido também os pães asmos e ervas amargas, cada alimento simbolizando algo do período da escravidão.
A Páscoa era uma prefiguração daquilo que Cristo fez em nosso favor. Assim como o povo escolhido de Deus foi liberto da escravidão e da morte pelo sangue do cordeiro pascal passado nos umbrais das portas, assim, nós também fomos libertos da escravidão do pecado e da morte eterna pelo sacrifício perfeito do Cordeiro Perfeito de Deus, Jesus Cristo.
Historicamente, o fato de Cristo ter morrido justamente no período dessa festa, indica que transposição de significado foi feita. Agora não há mais necessidade de imolar um cordeiro, porque o sacrifício redentor na cruz já foi realizado de uma só uma vez por toda. A expiação dos nossos pecados já foi realizada, assim como todos os ritos tipológicos.
Sendo assim, com a obra de Cristo concluída na cruz, tendo ele antes instituída a Ceia do Senhor com seus discípulos, não é mais a Páscoa que nós cristãos comemoramos, mas, sim, a ressurreição de Jesus.
A Ceia do Senhor é o ensino que o Senhor Jesus nos deixou, para rememorarmos esse sacrifício libertador e redentor, e para fortalecer nossa fé na obra perfeita, única e suficiente de Cristo.
Uma coisa, entretanto, não pode deixar de ser enfatizada. Não haveria motivo algum de comemoração da nossa parte se Cristo não tivesse ressuscitado. Essa deve ser a ênfase da comemoração dos nossos dias. A ressurreição completa a obra perfeita de Cristo, porque nos garante que Cristo venceu a morte que estava sobre nós e agora temos nova vida com ele e mais, temos a certeza da vida eterna nas moradas celestiais.
Então, celebremos com júbilo a obra bendita de nosso amado Senhor e Salvador. Obrigado Jesus por sua morte e ressurreição!
Por: Rev. Robson Luiz Silva dos Reis.
