Irmãos, finalmente, conseguimos definir o nosso tema anual: Santidade ao Senhor. Que desafio maravilhoso da Escritura. Estamos convencidos pela Escritura que a vontade de Deus para nossa vida é a santificação (1Ts 4. 3). Além disso, temos o referencial para sermos santos, “Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1. 16) e o instrumento pelo qual somos santificados também é definido (Jo 17. 17).
Diante disso, decidimos iniciar, na semana passada, uma série de mensagens sobre arrependimento, porque sem arrependimento não há como avançar em santificação. Se as pessoas não ficam incomodadas com o estilo de vida que estão levando, não se entristecem com os pecados cometidos, então, não é possível uma vida santa. Por isso, entendemos que o arrependimento é essencial para que haja progresso na santificação da vida.
Infelizmente, hoje, “Nas igrejas contemporâneas, é muito provável que nos dirão não somente que podemos nos tornar cristãos sem arrependimento, mas também que podemos permanecer cristãos sem arrependimento, sendo carnais até ao fim de nossos dias. Por contraste, nossos antepassados eram convictos de que o arrependimento é tão central ao evangelho que sem o arrependimento não pode haver salvação. Eles acreditavam nisto, porque isto é o ensino da Bíblia” (Sinclair Ferguson).
Por isso mesmo, a mensagem apostólica não deixa margem para dúvida quanto à necessidade de arrependimento. Após pregar o primeiro sermão da era cristã, o apóstolo Pedro e os demais apóstolos foram indagados: “Que faremos irmãos?” (At 2. 37). A resposta foi imediata: “Arrependei-vos” (At 2. 38). A primeira mensagem dirigida ao povo após o revestimento de poder, não deixa de fora a exigência feita pelo evangelho.
Para que haja perdão e salvação é preciso arrependimento. Foi por isso, que os notáveis teólogos que se reuniram na Abadia de Westminster, em Londres, em 1643, disseram firmemente: “O arrependimento para vida é uma graça evangélica, doutrina esta que deve ser pregada por todo ministro do Evangelho, tanto quanto a da fé em Cristo” (CFW).
Sendo assim, não podemos ficar do lado daqueles que pregam o evangelho de modo parcial. Devemos ficar do lado da história bíblica, porque na Escritura a pregação sobre o arrependimento é amplamente referendada. O arrependimento não é periférico, pelo contrário, a doutrina do arrependimento é um mandamento.
Por isso, o profeta João Batista, durante o seu ministério pregou o arrependimento (Mt 3. 2; Mc 1. 4; Lc 3. 3). O Senhor Jesus inaugurou o seu ministério pregando o arrependimento (Mt 4. 17; Mc 1. 14, 15). Os apóstolos foram comissionados a pregar o arrependimento (Lc 24. 46, 47). Logo, não podemos destoar daqueles que nos precederam. Nosso desejo é seguirmos a mesma toada. Nosso desejo é sermos encontrados como despenseiros fiéis (1Co 4. 2).
Portanto, não deixemos de dizer ao povo que o arrependimento é necessário tanto para a salvação quanto para a santificação. O arrependimento deve ser pregado pela igreja porque é um mandamento. É necessário pregá-lo, porque ele é essencial para que o perdão seja recebido. O arrependimento é necessário porque é prova concreta de uma transformação radical da mente e do coração. Sendo assim, arrependa-se agora mesmo, antes que seja tarde demais.
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor da IPGII – DF.