A fé cristã se firma sobre dois pilares históricos: a morte e a ressurreição. A morte do Senhor Jesus foi um evento histórico profetizado e constatado. As Escrituras predisseram que o Messias teria que enfrentar à morte. Além disso, a morte do Senhor Jesus foi constatada por seus discípulos, pelas autoridades religiosas e políticas. Sua morte é um esteio da fé cristã. Porém, não somente a morte, mas também, igualmente a ressurreição do Senhor Jesus foi um fato histórico predito e comprovado. Assim como as Escrituras falaram sobre a morte, também disseram sobre a ressurreição de Cristo. Sua ressurreição também foi confirmada pelas autoridades religiosas e políticas, embora tenham feito de tudo para desacreditá-la. Dela dão testemunho os seus discípulos. Ele foi visto diversas vezes. Durante quarenta dias, após a ressurreição, são várias as ocasiões que o Senhor Jesus esteve com os discípulos. Algumas verdades sobre a ressurreição:
Primeira, ela é uma verdade predita. Durante três anos Cristo realizou um discipulado intensivo com os seus discípulos. A jornada contemplava dia e noite. A carga horária era intensa. Seu foco era ensinar e exemplificar, fala e prática eram indissociáveis. Em sua fala deixou claro que a sua morte, bem como a sua ressurreição aconteceria como demonstrado pela Escritura profética. Quando estava a caminho de Jerusalém, ele disse: “Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido; e, depois de açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará” (Lc 18. 31-34). Assim como Cristo tinha consciência da sua morte na cruz, também tinha da sua ressurreição dentre os mortos, porque as Escrituras haviam predito. Paulo foi o apóstolo que fez a defesa mais longa sobre a doutrina da ressurreição. E ao fazê-lo, ele diz que: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15. 3, 4). A ressurreição de Jesus foi predita, e, assim aconteceu, porque as Escrituras são Palavra de Deus, e como Palavra de Deus, elas não podem falhar. Portanto, ela é um fato histórico predita pela Escritura.
Segunda, ela é uma verdade constatada. A sexta-feira da paixão fez com que o cosmo experimentasse densas trevas. O evento da sexta-feira golpeou severamente a esperança de homens e mulheres. Todavia, o evento da manhã de domingo, fez com que a esperança vencesse os escombros da frustração. As mulheres foram as primeiras a testemunharem sobre o fato da ressurreição. No domingo, elas foram de madrugada ao sepulcro. Lá viram que a pedra fora removida. Ficam perplexas. Daí, dois varões (anjos) lhes perguntaram: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” (Lc 24. 5). A seguir disseram às mulheres: “Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24. 6). Após ressuscitar, o Senhor Jesus esteve e comeu com os seus discípulos. Sua ressurreição foi constatada por diversas pessoas. O discípulo cético, chamado Tomé, que revelou honestidade, ao dizer: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (Jo 20. 25). Oito dias depois, Tomé pôde tocá-lo e comprovar que Jesus havia mesmo ressuscitado. Além do colegiado apostólico e das mulheres, o Senhor Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez (1Co 15. 6). As garras da morte não puderam mantê-lo no seio da terra. Ele vive. Agora mesmo faz intercessão pela igreja junto ao Pai.
Por fim, ela é uma verdade consoladora. Mais uma vez recorremos ao apóstolo dos gentios. Depois de apresentar provas contundentes da ressurreição de Cristo (1Co 15. 1-19), Paulo afirma vigorosamente: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (1Co 15. 20). Como é alentador saber que a ressurreição do Senhor Jesus assegura definitivamente à vitória de todo crente sobre a morte. A premissa é forte: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1Co 15. 22). Para os crentes que estavam desolados por causa da perda de entes queridos, a mensagem do triunfo de Cristo sobre à morte ecoa, dizendo: “Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem” (1Ts 4. 14). A ressurreição não é apenas um artigo axial da fé cristã. Ela é uma verdade que alenta o coração daquele que sofre durante o agora, pois sabe que vive o ainda não. Jesus ressuscitou. O túmulo não pôde detê-lo. O túmulo está vazio. Sua ressurreição é um fato comprovado. Aleluia, Jesus vive! A ressurreição de Jesus foi profetizada pelos profetas, ela foi comprovada como fato histórico por diversas pessoas e ela é uma verdade consoladora. Portanto, igreja, celebre o teu maravilhoso Redentor. O nosso salvador foi pregado numa cruz e sepultado numa sepultura, mas tanto a cruz como o túmulo estão vazios. Ele está vivo! Agora vive assentado ao lado de Deus Pai, de onde virá para buscar a igreja e julgar os vivos e os mortos.
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano
